domingo, 28 de março de 2010

tic-tac

Sou um fruto sem sementes para perpetuar
Sou uma interrogação vazia
Para a qual nenhuma resposta se apresenta
Me movendo sem direção entre um minuto e outro
Entre as horas, os dias, os anos
Sem a lugar nunhum chegar
Vivo uma vida feita de momentos roubados
Dessa louca engrenagem do tempo.
Dentro de uma lógica desconexa
Busco em vão um sentido
Enquanto a areia do tempo
Escorre de minhas veias.

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